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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESPECIFICIDADES DA ENGENHARIA E CAMPO DE ATUAÇÃO



O ensino de engenharia pode contribuir significativamente para a reversão do quadro
social e econômico em que o Brasil se encontra, a partir do instante em que seja fortalecido o
processo formativo em detrimento daquele informativo dos cursos, e que se adote uma postura
que permita o incentivo da atividade criativa.
É inegável a responsabilidade de um curso de Engenharia, na formação da
personalidade do profissional, por meio de conhecimentos técnico-científicos. A informação
excessiva induz ao pensamento de que soluções prontas e acabadas já existem em algum lugar e
que basta saber aplicá-las. Isto tende, muitas vezes, a afugentar um equacionamento efetivo dos
problemas, na medida em que se estabelece um comportamento passivo, o que nada contribui
para a solução de questões de maneira inédita, ou pelo menos criativa. Engenheiros ensinados a
questionar e não simplesmente a reproduzir, certamente, serão mais conscientes sobre as
questões técnicas, econômicas, sociais, políticas e ambientais.
A continuidade do aprendizado baseado na informação, em detrimento à formação
básica, conduz a uma forte realimentação da dependência econômica, do absolutismo dos
parques industriais e do empobrecimento da nação como um todo.
Dessa forma, o curso destina-se à formação de profissionais com habilitação plena,
capazes de elaborar, desenvolver e executar projetos e obras civis.
Preparar as plantas, determinar as especificações e orientar as operações da obra,
controlando prazos, custos e padrões de segurança, são atribuições do engenheiro civil.
Ele examina o solo e o subsolo do local da construção e dirige o assentamento dos alicerces,
encanamentos e dutos. Calcula os efeitos dos desníveis do terreno, da pressão dos ventos e das
mudanças de temperatura sobre a resistência da obra. É responsável, também, pelo cálculo do
volume de circulação de ar e de água no ambiente. Define os materiais, os equipamentos e a
mão-de-obra necessários à construção e, ainda, testa a solidez de edificações novas e antigas.
A engenharia civil é uma das profissões mais afetadas pela situação econômica do país.
O setor habitacional continua sem investimentos significativos do governo e a queda do poder
aquisitivo da população levou as construtoras a se voltarem para obras comerciais e residenciais
de alto padrão. Em geral, as melhores oportunidades estão nas empresas públicas e nas grandes
construtoras que realizam obras rodoviárias, de hospitais e de escolas. A esperança para esse
mercado é a volta dos investimentos do governo no setor habitacional, nos próximos anos.


Fonte: Guia do Estudante 92-93, Editora Abril, p. 113.

Ciro R.R.S

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